Quem são os vilões do tempo na obra?

Há uma trinca de perguntas que sempre surge na nossa cabeça quando pensamos ou temos que fazer uma obra: Quanto tempo vai durar, quanto vai custar e se vai ficar como nós pensávamos.

E de preferência a resposta que a gente quer ouvir é: que seja rápida, que não custe mais do que podemos ou queremos e que fique exatamente como imaginamos.

O tempo é o que aparece primeiro. Por exemplo: Acabamos de comprar uma casa ou apartamento novo, já vendemos o antigo e temos um tempo curto pra fazer tudo o que a gente queria antes de entrar.

Nesse exemplo, o que a gente poderia fazer pra diminuir as chances de problemas: Com o profissional, avaliar o que é necessário fazer (manutenções de coisas invisíveis, como canos, fios, telhado, se houver), sem o qual é complicado mudar. Se só isso já consumir todo o seu tempo e o seu orçamento, outras coisas terão que ser planejadas para serem feitas depois, durante as férias, por exemplo. Mão na massa, pra planejar, comprar os materiais, fazer os orçamentos e começar!

Mas se você ainda tem tempo e verba, aí vem as necessidades de conforto, como aquela cozinha que já está fora de moda, embora ainda funcione, ou os azulejos “anos 70” dos banheiros, que ainda tem aquela pia antiga. Para essas necessidades, só planejar+material+orçamentos não é suficiente. Tem que ter um projeto pra guiar as decisões antes de sair gastando dinheiro e tempo.

Porque? Porque é melhor ver antes no papel o que vai acontecer na realidade. Custa muito menos mudar 20 vezes no papel que na obra, com certeza, embora também custe.

Muita gente tem pressa em começar a quebrar e vê esse tempo de projeto como “perda de tempo”. Mas não é.

Com ele certinho, você já sabe quantos azulejos vai precisar, qual o modelo do vaso sanitário, da luminária e pode fazer vários orçamentos exatamente com os mesmos materiais para ter uma comparação bem precisa.

Achou pouco? Isso pode render uma economia de 30%. Fora que eles podem ser feitos por email, sem ter que ir até a loja, porque tudo já foi escolhido em poucas visitas aos Home Centers.

Outro vilão pra roubar o tempo na obra é a indecisão ou as constantes alterações. Chegou o final de semana e você todo empolgado chama toda a família pra ver a reforma. Em lugar de aplausos, cada um vai tirar do bolso seu pequeno arquiteto e começar a colocar ideias e defeitos e te encher de dúvidas. Segunda feira (se você conseguir resistir a mandar um email ou whatsapp no domingo a noite) você já tem uma lista de dúvidas e solicitações de alterações pra passar pro profissional que está cuidando da sua obra.

Alteração é como uma cicatriz numa pele que estava lisinha. Precisa de muita cirurgia plástica pra não ficar com cara de remendo. E isso dá trabalho, consome tempo e dinheiro. Não é que não possa haver, mas tem que ter cuidado, porque uma mudança aqui vai gerar uma mudança ali também.

Quer um exemplo: alguém reclamou que a pia está muito alta pra empregada. Você pede pro pedreiro pra abaixar 5cm. Todo o encanamento da máquina de lavar louças já estava pronto para o modelo que você escolheu e o profissional colocou no projeto. Agora ela não cabe mais. Tem que mudar a máquina e os pontos da água e do esgoto!!

E se nem você ou o profissional mudaram uma vírgula do proposto? Mesmo assim, imprevistos ainda podem ocorrer e terão que ser contornados à medida que vierem. Ainda não temos visão de raio X e enxergar o que está atrás das paredes (canos, fios) é difícil sem abrir. Mas já serão menos agentes pra atrapalhar seu sonho de se realizar.

Então vamos lá, pra que sua obra não dure eternamente, o primeiro passo é planejar, em seguida saber quanto vai custar, alterar se necessário antes de começar a quebrar, e finalmente começar!

Boa sorte!

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