QUARTO DE CASAL, ÚLTIMO DA SÉRIE
Enfim, chegamos ao quarto de casal. Enquanto o quarto das crianças (Já falamos aqui e aqui) acompanha seu crescimento e vai se modificando com ele, o quarto de casal muitas vezes acaba esquecido e só se renova numa mudança de endereço ou reforma geral da casa.
Quem se lembra que colchão também tem que ser trocado de tempos em tempos como os travesseiros? Não com a mesma frequência, mas é sempre bom seguir as recomendações do fabricante. Molas e espumas vencem e o resultado pode ser uma bela dor nas costas!
Além de manutenções básicas como essa, o quarto do casal deveria se renovar até mais que o das crianças, afinal, ele também passa por fases!
Primeiro, ele é aquele quarto romântico, da primeira casa. Depois, um quarto mais despojado, eficiente, para a vida corrida de quem tem que equilibrar trabalho + filhos+ descanso e, se possível, algum lazer. Mais tarde, tem que se adaptar às limitações físicas da idade.
De início, é importante ajustar o tamanho do colchão aos usuários e ao tamanho do quarto. Nem sempre é possível colocar uma cama king size. Mas o comprimento da cama e a resistência das molas ou espumas tem que atender o peso e o tamanho de quem vai usá-lo, mesmo que isso limite outros móveis do quarto, como mesinhas de cabeceira, cômodas, poltronas e armários.
Para contornar isso, um recurso é fazer um painel-cabeceira atrás da cama, com arandelas, tomadas e uma prateleira de apoio para cada lado, diminuindo a quantidade de móveis no ambiente. Outro recurso é usar cama-box com pistão, que se eleva e permite guardar coisas no box embaixo dela. Assim, pode-se dispensar a cômoda.
Para quem faz questão de TV no quarto, vale também colocar uma prateleira alta, acima dela, para o conversor da TV a cabo, se necessário, assim é menos um móvel no caminho para tropeçar.
Cores tranquilas e tecidos aconchegantes contribuem para fazer do ambiente um local de descanso. Mas vale aqui também a personalidade dos moradores. Esportistas, jovens (de idade ou de espírito) podem querer um quarto mais animado, com quadros coloridos, parede de cimento queimado e por aí vai! O importante é que seja confortável para quem vai usar e que reflita sua personalidade.
Em tudo isso, há um elemento que precisa ser bem pensado no projeto: a iluminação (já falamos sobre isso aqui). Além do necessário, ela faz o clima do quarto. Por isso um recurso importante é o dimmer, que regula a intensidade da luz, tanto no ponto central, usado mais para acessar o ambiente, como nas arandelas. E para quem costuma ler antes de dormir, é necessário ter uma luz direcionada com foco bem fechado, para não atrapalhar o outro. Por fim, nichos iluminados com uma luz suave também são importantes para torná-lo mais aconchegante e podem substituir as arandelas.
E a luz natural? Se as persianas da janela não são eficientes para vedar a luz do sol, é melhor ter uma persiana rolô black-out atrás da cortina para garantir que se possa dormir até depois do sol raiar.
E uma cortina de tecido mais leve será útil quando se quer ficar na cama durante o dia, além de garantir privacidade.
Há quem precise de tapetes ao lado da cama para não pisar no chão frio. Eles complementam a decoração e também contribuem para o aconchego. Pode ser um tapetão que passa uns 60 cm pra cada lado da cama e na frente dela, ou podem ser duas passadeiras laterais. Mas se quem usa o quarto tem alguma dificuldade de locomoção ou alergia, eles devem ser repensados.
De tudo, o mais importante é que o quarto do casal não seja esquecido ao longo dos anos, sempre com a mesma colcha, cabeceira desgastada e iluminação fria, não raro com pilhas de revistas antigas num canto.
Ainda que não seja romântico, deve ser um local agradável de descanso, com roupas de cama em ordem, travesseiros confortáveis, que dê vontade de ficar mais um pouquinho todo dia!
Até o próximo post!