REVESTIMENTO, PORQUE É TÃO DIFÍCIL ESCOLHER
Escolher os pisos ou revestimentos das paredes de uma casa é, para muitos, motivo de verdadeira tortura! Também, pudera, há tantos modelos e cores que fica difícil ter que abrir mão de vários “queridos” pra ficar somente com um ou dois.
Mas a razão disso é que o mercado está cada vez mais criativo e então temos hoje quase infinitas possibilidades de combinações à nossa escolha. E de onde vem isso?
Todos os anos, em março, as empresas que produzem revestimentos para a construção civil lançam suas novidades numa feira que é como uma “Fashion Week” dos acabamentos. Cores, texturas, tamanhos e formatos, enfim, tudo o que é tendência é apresentado nessa feira.
Dali um tempo, essas novidades começam a aparecer nas lojas, somando-se aos produtos já em linha e tirando das prateleiras os mais antigos.
Se fosse só questão de gosto, ok, ainda não seria um problema. Mas é necessário saber que há questões técnicas (já falamos neste post) que limitam essa escolha. E quais são?
Primeiro, a finalidade. Se é para piso ou parede, se é uma área seca ou molhada, externa ou interna...
Os revestimentos de piso devem levar em conta o que passará por cima deles. Em um local onde andam muitas pessoas, que chamamos de alto tráfego, o revestimento deve ser mais resistente ao desgaste que um local com pouca circulação. Se ele será colocado numa sala, onde raramente será molhado, até pode ter um acabamento polido (atenção: em locais onde vivem pessoas idosas e crianças, deve-se evitar o piso polido). Em áreas molhadas (banheiros, cozinha, lavanderias etc.) melhor optar por acabamentos acetinados, que ainda são fáceis de limpar porém com menor “escorregabilidade”. Nas áreas externas é recomendado que eles tenham acabamento antiderrapante, já que além de estarem mais vezes molhados ainda somam fuligem e folhas de árvores.
cada área pede um tipo de revestimento
Outra questão técnica para delimitar as escolhas é o tamanho. Muitas vezes queremos aquele piso de grande formato, 1.20x.60m, 1.20x1.20m ou mais, porém a área onde ele será colocado tem só 1mx2m. Há grandes chances de o assentador não conseguir fazer um bom caimento para o ralo, a menos que a peça seja recortada, o que acaba com o propósito da escolha. Neste caso, uma solução, quando possível (e só o profissional que fez o projeto poderá avaliar bem), é mudar a posição do ralo e trocá-lo por um ralo linear, que ficará ao longo de toda a peça.
Ainda falando de pisos, um detalhe importante na escolha é o acabamento das bordas. Há tempos o mercado oferece o acabamento retificado, que permite que o espaço entre as peças seja bem pequeno (cerca de 2mm) diminuindo os transtornos com rejuntes. Ainda que pequenos, os rejuntes permanecem, mas já existem opções deles mais resistentes, com menos possibilidade de encardir, como o Epoxy e o Acrílico. Mas atenção: certifique-se que o assentador sabe usá-lo para não estragar o resultado, já que a forma de aplicação é diferente do rejunte comum.
Bom, agora podemos subir pelas paredes! Muitos banheiros hoje tem revestimento somente no box, onde realmente molha, e as demais paredes recebem pintura acrílica lavável ou à prova de mofo. Para essa escolha, é necessário que se coloque um rodapé em todas as paredes sem revestimento. Ele pode acompanhar o piso (seja rodapé pronto da mesma linha, seja o piso cortado) e o recomendado é pelo menos 10cm de altura.
Nas paredes há mais liberdade de escolha de produtos e cores. Podem ser foscos ou polidos, pequenos, grandes. Aqui a criatividade pode se soltar mais e não raro temos hoje painéis multicoloridos que lembram os murais de décadas passadas. A escolha é pessoal, mas vale lembrar que você terá que conviver com isso por alguns anos, então esteja certo de que não vai deixar de gostar dele muito rápido.
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Até o próximo post!